Tem
dias que você acorda e lá dentro você sabe que é melhor ficar na cama, comendo
e assistindo séries o dia inteiro e esperar essa aura negra passar. Mas, também
sabemos que isso não é possível. E mesmo que adie alguns minutos o relógio do
despertador, não vai adiantar. Você vai ter que se levantar e encarar a
realidade. E se tem uma coisa que machuca, é a realidade. Ela vai te bater em
lugares que você já está de olho e a dor vai ser só um peteleco. Mas, vai ter um lugar bem específico que não
vai adiantar as melhores barreiras. Ela vai derrubar todas e ainda vai ter
forças para destruir cada pedacinho.
E assim foi comigo. Evitei esse dia ao máximo. Ela
tardou, porém chegou. E chegou com força total. Me derrubou. Me dilacerou.
Deixou em pedacinhos bem pequenos minhas barreiras e o meu coração. Pobre
coração. Preparei tanto as melhores armadilhas e as maiores muralhas. E mesmo
assim, bastaram algumas frases de uns. Outras palavras de outro. E pronto.
Quando dei por mim, já estava no chão de novo e dessa vez, a queda tinha sido
pior. Os pedaços menores. As lágrimas mais salgadas.
As feridas ainda não tinham sido cicatrizadas da outra
queda. E essa além de aparecer novas, magoou antigas. No final, eu não sei nem
quando e nem como vão cicatrizar. Talvez, nunca. Elas nunca saram totalmente,
afinal. Ficam ali te lembrando o tempo todo que poderia ser diferente, que
poderia ter sido melhor. Mas, a verdade é que não poderia. Se aquela cicatriz
fosse evitada, uma outra chegaria para substituir. E essa é a verdade. Ela vai aparece uma hora ou outra.
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Beijos,
Isa Aragão.
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